Em 9 de março e 7 de abril de 2016, Carlos Zorrinho dirigiu à Comissão Europeia duas questões que diziam respeito às garantias de segurança nuclear e à sua supervisão, com particular incidência na central nuclear de Almaraz.
Na primeira questão, o eurodeputado assinalava os riscos da decisão sobre manter em funcionamento uma central com eventos de risco e a operar para além da sua data de referência, caber apenas às autoridades nacionais, quando o impacto dum eventual acidente é transnacional e terá, no caso de Almaraz, consequências muito fortes em Portugal.
Na segunda questão, Carlos Zorrinho alertava para a insuficiência de meios provisionados por Espanha para garantir até 2025 a modernização ou o encerramento de centrais com risco potencial acrescido, como é o caso de Almaraz.
A resposta da Comissão, assumida pelo comissário Arias Cañete, remete para o domínio exclusivo dos Estados-membros, a função de assegurar o cumprimento das diretivas e supervisionar o funcionamento das centrais e a avaliação dos incidentes verificados.
A ausência de uma supervisão europeia eficaz constitui, na opinião de Carlos Zorrinho, uma falha grave, que a resposta agora obtida veio confirmar.
Gabinete do eurodeputado Carlos Zorrinho
Bruxelas, 26 de abril de 2016