A presidente do S&D, Iratxe García, concluiu quatro dias intensos de trabalho em Washington DC, acompanhada pelos vice-presidentes Kathleen Van Brempt e Yannis Maniatis, bem como por Brando Benifei, coordenador do S&D na comissão INTA e presidente da delegação do Parlamento Europeu nos EUA.
A delegação manteve reuniões cruciais com representantes progressistas no Departamento de Estado dos EUA e no Capitólio, incluindo Bernie Sanders e Nancy Pelosi, e com representantes de organizações multilaterais, incluindo Nathalie Francken, diretora executiva do Banco Mundial. Também trocaram pontos de vista com peritos do Centro de Análise de Política Europeia (CEPA), do Conselho do Atlântico, da Rede de Política Transatlântica (TPN), do Centro para o Progresso Americano (CAP) e do Instituto de Política Progressista (PPI); e com intervenientes relevantes da Universidade Americana e membros da Capital Pride Alliance (CPA).
Durante as reuniões, Iratxe García sublinhou a importância da união dos democratas de ambos os lados do Atlântico para se tornarem a força autêntica e corajosa que conduzirá a uma verdadeira mudança e reafirmará a necessária firmeza da posição europeia nas negociações pautais com os EUA.
Iratxe García afirmou:
"Hoje, a democracia, a estabilidade global e a confiança estão ameaçadas por uma extrema-direita bem coordenada e com o mesmo esquema e argumentos, independentemente do país.
"Viemos a Washington DC com um objetivo claro, que não é falar sobre a extrema-direita, mas sim sobre o futuro e sobre a construção de uma liderança progressista alternativa que ofereça soluções reais para os problemas dos nossos cidadãos. É muito fácil utilizar um bode expiatório para tudo, sem apresentar novas propostas.
"Estamos a construir uma aliança construtiva e forte entre aqueles que defendem a democracia e o multilateralismo, aqueles que trabalham para a segurança global, a estabilidade económica e o crescimento e que pensam em como enfrentar os desafios globais, como as alterações climáticas, a inteligência artificial e as tensões geopolíticas. Os cidadãos de todo o mundo exigem uma força autêntica e corajosa para uma verdadeira mudança. Nós, os progressistas, queremos liderar esta mudança num mundo em transformação que traga emprego, crescimento e prosperidade, respeitando a diversidade, a justiça, a educação, a igualdade e a democracia.
"Esta é uma óptima oportunidade para mostrarmos a nossa capacidade, mantendo-nos firmes nas negociações comerciais entre a UE e os EUA - porque somos os primeiros a querer um acordo. Mas não um acordo qualquer, um acordo que traga segurança e crescimento; um acordo que defenda os valores da comunidade LGBTIQ+ em todo o mundo; um acordo que represente a voz da nossa juventude no que diz respeito à educação, ao emprego e a uma habitação condigna.
"Temos também de atuar em conjunto no domínio da segurança. A guerra na Ucrânia é o ataque mais direto à ordem internacional desde 1945. É nossa responsabilidade defender a Ucrânia - não só como nação soberana, mas também como símbolo de que as forças autocráticas não podem prevalecer sobre o direito internacional. No Médio Oriente, a escalada em Gaza exige uma resposta baseada em princípios. O direito de Israel à autodefesa nunca deve traduzir-se em punição colectiva. Precisamos de um cessar-fogo imediato, de ajuda humanitária sem entraves e de um compromisso renovado para com uma solução de dois Estados".